Com gestos e palavras, os injustos invocam a morte para si mesmos. Eles pensam que a morte é amiga e a desejam ardentemente, chegando a fazer aliança com ela. São realmente dignos de pertencer à morte. Raciocinando de forma errada, eles comentam entre si:
“Nossa vida é curta e triste; quando chega o fim não há remédio, e não se conhece ninguém que tenha voltado do mundo dos mortos. Nascemos por acaso, e depois seremos como se nunca tivéssemos existido. Nossa respiração é fumaça, e o pensamento é uma faísca produzida pelo coração. Quando a faísca se apaga, o corpo se transforma em cinza e o espírito espalha com ar sem consciência. Com o tempo nosso nome fica esquecido, e ninguém mais se lembra do que fizemos. Nossa vida passa como rastro de nuvem, e se dissipa como neblina expulsa pelos raios de sol e dissolvida pelo seu calor. Nossa vida é uma sombra que passa, e depois de morrer não voltaremos. Colocado o lacre, ninguém mais poderá retornar.
Sendo assim, vamos gozar os bens presentes e usar as criaturas com ardor juvenil. Vamos embriagar-nos com os melhores vinhos e perfumes, e não deixar que a flor da primavera escape de nós. Vamos coroar-nos com botões de rosas, antes que se murchem. [...] A nossa força será regra da justiça, porque o fraco é claramente coisa inútil.
Vamos armar ciladas para o justo, porque ele nos incomoda e se opõe às nossas ações. O justo reprova as transgressões que comentemos contra a Lei. [...] Vamos prova-los com insultos e torturas, para verificar sua serenidade e examinar sua resistência.”
“Nossa vida é curta e triste; quando chega o fim não há remédio, e não se conhece ninguém que tenha voltado do mundo dos mortos. Nascemos por acaso, e depois seremos como se nunca tivéssemos existido. Nossa respiração é fumaça, e o pensamento é uma faísca produzida pelo coração. Quando a faísca se apaga, o corpo se transforma em cinza e o espírito espalha com ar sem consciência. Com o tempo nosso nome fica esquecido, e ninguém mais se lembra do que fizemos. Nossa vida passa como rastro de nuvem, e se dissipa como neblina expulsa pelos raios de sol e dissolvida pelo seu calor. Nossa vida é uma sombra que passa, e depois de morrer não voltaremos. Colocado o lacre, ninguém mais poderá retornar.
Sendo assim, vamos gozar os bens presentes e usar as criaturas com ardor juvenil. Vamos embriagar-nos com os melhores vinhos e perfumes, e não deixar que a flor da primavera escape de nós. Vamos coroar-nos com botões de rosas, antes que se murchem. [...] A nossa força será regra da justiça, porque o fraco é claramente coisa inútil.
Vamos armar ciladas para o justo, porque ele nos incomoda e se opõe às nossas ações. O justo reprova as transgressões que comentemos contra a Lei. [...] Vamos prova-los com insultos e torturas, para verificar sua serenidade e examinar sua resistência.”
Livro da Sabedoria (2: 1-19)
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