Monday, December 25, 2006

Friday, December 22, 2006

A Água

A água extingue o fogo ou, diante de uma provável derrota, escapa como vapor e se refaz.
A água carrega a terra macia, ou se defronta com rochedos, procura um caminho ao redor.
A água corrói o ferro até que ele se desintegra em poeira; atura tanto a atmosfera que leva a morte o vento.
A água dá lugar aos obstáculos com aparente humildade, pois nenhuma força pode impedi-la de seguir seu curso traçado para o mar.
A água conquista pela submissão; jamais ataca, mas sempre ganha a última batalha.”
(Tão Chen de Nan Yeo; Tha Wheel of Life)
...
...

São virtudes do Homem Zen: Liberdade, espontaneidade, humildade e força interior, além da capacidade de adaptar-se a circunstâncias mutáveis.
(Philip Kapleau; Os três Pilates do Zen)

Sunday, December 10, 2006

Faz de tua vida mesquinha um poema...

Aninha e suas pedras
(Cora Coralina)

Não te deixes destruir...
Ajuntando novas pedras e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces.
Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha um poema.
E viverás no coração dos jovens e na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.
Vem a estas páginas
e não entraves seu uso aos que têm sede.

(Outubro, 1981)

Wednesday, November 29, 2006

EDUCAÇÃO AFETIVA (Paulo Lemos)


Afeto

Todos poderiam reconhecer perfeitamente que, a não ser por uma catástrofe, teríamos condição de encontrar uma ou mais pessoas com quem formaríamos laços tão bons, ou até melhores, ao longo da vida. Ou seja, não há nenhum motivo pelo qual possamos crer que exista uma, e só uma, pessoa no mundo para nos amar e a quem amaremos.
Não é, pois, de lógica que estamos falando, mas sim de uma sensação de perda que não vem somente dessa situação específica do relacionamento. Esta sensação de pura dor porque alguém vai nos abandonar não tem um local definido no corpo. Está escrita na nossa memória como algo ruim e doloroso, amedrontador e profundamente ameaçador.
Se uma pessoa estiver saudável, toda vez que ocorrer uma perda ela sofrerá, sem dúvida, mas sem colocar em risco o próprio bem estar geral e o das pessoas que a cercam. O sofrimento faz parte do compromisso de vivermos em grupo e assumirmos a responsabilidade de não satisfazer todos os nossos desejos em detrimento dos outros. No entanto se o sofrimento chegar ao ponto de causar um profundo desequilíbrio, então já estamos precisando de ajuda para aprendermos a conviver com a frustração. Há um erro terrível, levianamente aceito, de que a pessoa que sofra muito pela perda do outro deverá até ser perdoada pelos desatinos que cometer.



Convivência e Frustração

Algumas pessoas têm o limiar baixo para suportar a frustração, vive um estado perpétuo de sofrimento. O menor erro, o deslize mais insignificante, um simples e sonoro “não” transforma-se numa tortura. Exige vingança ou separação. É na verdade a conseqüência do processo da formação de expectativas, que deturpa a realidade em favor da imagem própria mais valorizada, acha inconcebível receber não obter do mundo a satisfação de que se julga merecedora.
O mundo e as pessoas não atenderão todas as nossas necessidades. Por mais terrível que seja constatar isso, não há escolha. Nem mesmo alguém que nos ame, admire e tenha o maior desprendimento poderá nos dar tudo.

Sunday, November 26, 2006

Delivery

Friday, November 24, 2006

A Necessidade da Sedução

Todos os esforços de outra pessoa estão dirigidos para que você se encane, se dê a ela de bom grado, prazerosamente. Ela até pode sofrer para agradá-lo, mas obtem também um enorme prazer em detectar que você está sentindo prazer.
O sedutor consegue por certos meios que o seduzido se altere e veja o mundo e a ele próprio, o sedutor, de uma maneira diferenciada. Sempre de acordo com os desejos do sedutor, como se o desejo de um se instalasse no outro de tal modo que este único ficasse totalmente persuadido de que o desejo original era seu.
Mas a sedução não é apenas persuasão, estado de convencimento. Sedução exige tambem rendição inconciente. O seduzido pode não ver nada mais que o seu sedutor, não caminhar por seus próprios pés, mas deve vestir os passos do outro e viver a ilusão de se conter nele integralemnte.
O sedutor é um hábil vendedor que quimeras que sabe da avidez do comprador. Ele sabe de tudo, o menor dos gestos deve figurar como único criado naquele momento para aquela pessoa. O sedutor descobre os segredos do outro por um ato de pura magia. A lógica formal não funciona para uma relação cujo processo de encantamento esteja em seu apogeu.
Nada fará sentido senão aquilo que provém do sedutor, não porque o sedutor seja dono do mundo, mas porue é dono e senhor dos desejos do seduzido, porque este se deu ao sedutor. Podemos dizer que a única ameaça contundente ao seduzido é somente a extinção daquele que o seduz. Nada mais. Pois quem está mergulhado no brilho do outro nada vê, nada ouve, está embriagado de luz.
O seduzido, por seu lado, vai construindo um "mundo dourado" onde ele e o seu sedutor habitam e habitarão para sempre. Aqui surge a fantasia de um bem eterno ou prazer que nunca deverá acabar e, por extensão, a idéia de amor eterno.
O sedutor habilidoso consegue instalar no outro um desejo até com um simples olhar ou exposição do seu corpo aos olhos do outro, além da persistência em dose suficiente para que uma dada pessoa, em uma dada circunstância e ambiente, se permita entregar-se voluntariamente.
O corpo e seus movimentos coordenados saõ de suprema importancia para o mecanismo de "transeferência da intensão", processo comunicativo por sinais que declaram afeto para que a outra pessoa atribuir-lhes significado segundo suas necessidades.
O bom sedutor é aquele que sabe ler a necessidade do outro, e mais, sabe comunicar-lhe uma intensão de satisfazer a esta necessidade. Há promessa implícita no ato de sedução.
Cumprida a primeira fase do processo de sedução o sedutor se afasta muito depressa, como se não pudesse continuar aquela relação, uma vez que a imagem que o outro faz dele é por demais incompatível com a que ele tem de si mesmo. E ele sabe que um dia será seduzido também.


(Paulo Lemos, Educação Afetiva)

SIMPLESMENTE NOITE

SIMPLESMENTE NOITE

Teu sorriso: o convite ávido
À minha mudança de hábito.
Quem sabe não seria teu ar moderno
Que degelou minha sede no inverno.

Minha agonia para te ter era pálida,
Em qualquer direção tua imagem
me confundia o horizonte:
Uma miragem!
Minha volúpia ansiava cálida
Para deliciar o teu néctar na fonte.

A lembrança queima qual fogo,
Todo o meu corpo e desejos envolve,
Se na multidão vir o teu rosto
A paixão à razão me devolve.

Então verei com meus próprios olhos
Que a noite não foi delírio,
Tampouco cegueira em meus sonhos.
Simplesmente noite ao teu lado
foi a expressão do meu arbítrio.
Marco (para Tinne)

Sunday, November 19, 2006

The Empress

Esta é a dor que nenhum apaixonado suporta...A paixão se reduz a saber que o rosto da pessoa amada, presente, apenas sugere o obscuro objeto do desejo, ausente. A pessoa amada é metáfora de uma outra coisa... O amor começa no momento em que uma mulher se inscreve com uma palavra em nossa memória poética.Temos agora a chave para compreeender as razões do amor: o amor nasce, vive e morre pelo poder _ delicado _ da imagem poética que o amante pensou ver no rosto da amada...(Ruben Alvez)

Monday, November 13, 2006

Tabacaria - Fernando Pessoa

Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.


Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a por umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.

Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.
Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.

Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira.
Em que hei de pensar?
Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!Gênio?
Neste momento Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
Não estão nesta hora gênios-para-si-mesmos sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta,
E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
Crer em mim? Não, nem em nada.
Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente
O seu sol, a sua chava, o vento que me acha o cabelo,
E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
Escravos cardíacos das estrelas,
Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordamos e ele é opaco,
Levantamo-nos e ele é alheio,
Saímos de casa e ele é a terra inteira,
Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.

(Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)

Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei
A caligrafia rápida destes versos,
Pórtico partido para o Impossível.
Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas,
Nobre ao menos no gesto largo com que atiro
A roupa suja que sou, em rol, pra o decurso das coisas,
E fico em casa sem camisa.

(Tu que consolas, que não existes e por isso consolas,
Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva,
Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta,
Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida,
Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua,
Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais,
Ou não sei quê moderno - não concebo bem o quê -
Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire!
Meu coração é um balde despejado.
Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco
A mim mesmo e não encontro nada.
Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.
Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,
Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,
Vejo os cães que também existem,
E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,
E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)

Vivi, estudei, amei e até cri,
E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses
(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);
Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente

Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.

Essência musical dos meus versos inúteis,
Quem me dera encontrar-me como coisa que eu fizesse,
E não ficasse sempre defronte da
Tabacaria de defronte,
Calcando aos pés a consciência de estar existindo,
Como um tapete em que um bêbado tropeça
Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.

Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.
Olho-o com o deconforto da cabeça mal voltada
E com o desconforto da alma mal-entendendo.
Ele morrerá e eu morrerei.
Ele deixará a tabuleta, eu deixarei os versos.
A certa altura morrerá a tabuleta também, os versos também.
Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,
E a língua em que foram escritos os versos.
Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.
Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente
Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,

Sempre uma coisa defronte da outra,
Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
Sempre o impossível tão estúpido como o real,
Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.

Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?)
E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
Semiergo-me enérgico, convencido, humano,
E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.

Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
Sigo o fumo como uma rota própria,
E gozo, num momento sensitivo e competente,
A libertação de todas as especulações
E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.
Depois deito-me para trás na cadeira
E continuo fumando.
Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.

(Se eu casasse com a filha da minha lavadeiraTalvez fosse feliz.)
Visto isto, levanto-me da cadeira.
Vou à janela.O homem saiu da Tabacaria
(metendo troco na algibeira das calças?).
Ah, conheço-o; é o Esteves sem metafísica.
(O Dono da Tabacaria chegou à porta.)
Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
Acenou-me adeus, gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu.


Álvaro de Campos, 15-1-1928

My power had been sleeping deeply...


My power had been sleeping deeply until I met him. Unfortunately, this fantastic creature has still been keeping lost somewhere. But I’m finding my own essence again because of him. Now I can recognize my pain... It's not been caused by him, but It means that myself is able to see through a mirror all my imperfections!!!

Tinne Fonseca _ A Imperatriz

Nov/06

Dor que corrói

Por que as pessoas sofrem por causa do amor? O autor explicava que o sofrimento está na expectativa que o que diz que ama lança para as atitudes daquele que considera "amorável", passivo de suprir as necessidades e carências expostas como feridas. O pobre "passivo"_ que nada tem de passividade enquanto se relaciona, é receptor de cobranças e nem se percebe do buraco que está entrando... Uma simples ação tem amplitude suficiente para a criação de uma arma química: Gastrite!
Tinne Fonseca _ A Imperatriz
novembro, 2006

O Encontro de Duas Feras

Alavanca,
atira pro alto com toda força e remexe com tudo o que há de mais baixo.
Provoca um furação, mas uma hora a ventania para e o vento acalma.
Não será mais útil e providencial, nem terá contrato e nem fato.

Calma, muita calma minha alma...
Tudo pode não passar de muito barulho apenas, que pena!

Tinne Fonseca _ A Imperatriz

Nov/06



E foi então que apareceu a raposa:

- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho que se voltou, mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira…
- Quem és tu? Perguntou o principezinho. Tu és bem bonita.
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o príncipe, estou tão triste.
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
- Ah! Desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
- O que quer dizer “cativar”?
- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro amigos, disse. Que quer dizer cativar?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa “criar laços…”
- Criar laços?
- Exatamente, disse a raposa.
- Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim o único no mundo. E eu serei para ti a única no mundo…
Mas a raposa voltou à sua idéia:
- Minha vida é monótona. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei o barulho de passos que serão diferentes dos outros. Os outros me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora como música. E depois, olha! Vês, lá longe, o campo de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. E então será maravilhoso quando me tiverdes cativado. O trigo que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo…
A raposa então se calou e considerou muito tempo o príncipe:
- Por favor, cativa-me! Disse ela.
- Bem quisera disse o príncipe, mas eu não tenho tempo. Tenho amigos a descobrir e mundos a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. O homem não tem tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres uma amiga cativa-me! Os homens esqueceram a verdade, disse a raposa.
E continuou:
- Mas tu não deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.”
Antoine de Saint-Exupèry - Do livro “O Pequeno Príncipe”

Tuesday, November 07, 2006

A dor e o Sofrimento

(Carlos Drummond de Andrade)

Definitivo como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não foram cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.
Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter ido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Como avaliar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!

A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável. O sofrimento é opcional
.

Friday, October 13, 2006

Pin up

Saturday, September 16, 2006

Era uma casa muito engraçada...


Era uma casa
Muito engraçada
Não tinha teto
Não tinha nada
Ninguém podia entrar nela, não
Porque na casa não tinha chão
Ninguém podia dormir na rede
Porque na casa não tinha parede
Ninguém podia fazer pipi
Porque penico não tinha ali
Mas era feita com muito esmero
Na rua dos Bobos
Número zero
(vinícius e toquinho)

Saturday, September 09, 2006

Nada pra dizer, muito pra esquecer...

Dona Linda

Solidão – Vida Sentimental muito solitária – Não vejo você com ninguém – Vazio Sentimental – Coração Vazio.
Touro - animal com chifre está deixando a sua vida ou você está deixando a vida dele.
Dois caminhos indicando duas decepções e depois um terceiro caminho aberto. Ocorreram decepções nestes últimos três meses. Pode ser decepções em relações amorosas ou não, mas com certeza está relacionado à sua vida sentimental. Não gosto de falar sobre decepções e coisas ruins, mas elas vão acontecer. Talvez você se decepcione e se afaste de uma pessoa terminando uma relação.
Algo marcante para acontecer nos próximos seis dias.
Vulcão em erupção e logo depois virá o alívio.
Estresse familiar. Mudança. Quatro pessoas juntas. Ponte.
Você sob um cavalo branco passa por esta ponte dominando os problemas e as dificuldades.
Luta. Muito trabalho e com sucesso. Novos caminhos e boas oportunidades. Áries na casa da vida profissional. Sinal de satisfação e realização.
Infelizmente não há muito que se ver aqui hoje... Sem grandes novidades.

Sunday, September 03, 2006

O que não tem Remédio, Remediado está!!!

Recomencei minha dieta...

Sunday, August 27, 2006

Pra Ninguém (Por Enquanto)



Composição: Dinho Ouro Preto / Alvin L.

Ninguém pra ligar


E dizer onde estou


Ninguém pra ir comigo onde eu vou




Por outro lado


Ninguém pra abaixar o volume


Ninguém pra reclamar dos pratos sujos


Ninguém pra fingir que eu não amo




Toda noite no mesmo lugar


Eu abro os olhos


E deixo o dia entrar


Pra ninguém




Ninguém pra dizer quando eu devo parar


Ninguém na casa pra poder acordar do meu lado


Ninguém pra contar novidades


Ninguém pra fechar as cortinas


Ninguém pra brigar de vez em quando



*

Cogumelo



Sunday, August 13, 2006

Macro



Fogo

O Sol



Jota Quest
Composição: Antônio Júlio Nastácia

Ei dor
Eu não te escuto mais
Você não me leva a nada
Ei medo
Eu não te escuto mais
Você não me leva a nada

E se quiser saber pra onde eu vou
Pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou
E se quiser saber pra onde eu vou
Pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou

E se quiser saber pra onde eu vou
Pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou
É pra lá que eu vou
Lalalalalalala
É pra lá que eu vou
Lalaralara
Onde tenha sol, é pra lá que eu vou

Sunday, July 23, 2006

Saturday, July 22, 2006

Cabelo nas Ventas

Ontem quis amarfanhar alguém
Quem sabe por ter sido tão machucado
Deslembrei meus poemas
E abiscoitei da vida minha solidão
E nesse tempo não apresentei rimas...
Sem ardor e sem perdão
Tive que peregrinar no trilho
Dessa grande solidão
Então em um dia de cólera
Rabisquei versos feios
Gritei em vão...
Ontem almejei apenas encontrar o dissabor
Pra sorrir de todo amor
Esse apego tão doido
Que debulha a alma
Então, rabisquei esse verso com imperfeição.
Mas pensando bem:Sou exclusivamente do amor
E não posso a zanga comboiar
Então vou agüentar sozinho
No alívio das lagrimas soltas
De um bardo
Tão popular...


(Gustavo sinder)

Tuesday, July 11, 2006

Xadrez


O exandrista quis ter o rei caído como emotik... Me peguei remoendo em pensamentos a razão para isso ter acontecido desta forma.

Minho de Contenção

TRAIÇÃO FEMININA TEM PERDÃO!



Marido chega em casa e pega a esposa, na cama, com um garotão,25 anos, forte, bronzeado, cheio de amor pra dar... Arma o maiorbarraco, mas a mulher o interrompe:

Antes..., você deveria ouvir como tudo isso aconteceu. Na rua, vi esse jovem maltrapilho cansado e faminto. Então, com penado estado dele, eu o trouxe para casa. Dei a ele aquela refeição que eu havia preparado para você ontem. Como você chegou tarde e satisfeito com o tira-gosto do boteco.... e não comeu, eu guardei o jantar nageladeira, lembra-se? Ele estava descalço, então dei a ele, aquele seu par desapatos... que, como foi minha mãe que te deu, você nunca usou. Ele estava com sede e eu servi aquele vinho que estava guardado... Para aquele sábado que vc prometeu mas que nunca chega... Porque num dia é futebol, noutro poker, noutro pescaria. As calças estavam rasgadas, dei-lhe aquele seu jeans seminovo... ainda estava em perfeito estado, mas não cabia mais em você. Como ele estava sujo, aconselhei-o a tomar um banho... fazer a barba, então dei a ele aquela loção francesa novinha... que você nunca usou, porque acha fedorenta. Daí, quando ele já ia embora, perguntou: Dona, tem mais alguma coisa, que seu marido não usa mais? Nem respondi !!!!!!!............. Dei logo!!!

Autor Desconcecido

Aniversário de um Ano de Blog!!!!!!!

Saturday, May 06, 2006

Ela Vai Voltar


(Charlie Brown Jr)

Minha mente nem sempre tão lúcida é fértil

e me deu a voz

Minha mente nem sempre tão lúcida

fez ela se afastar

(2x) Mas ela vai voltar ...

Ela não é o tipo de mulher que se entrega na primeira
Mas melhora na segunda

e o paraíso é na terceira
Ela tem força,

ela tem sensibilidade,

ela é guerreirala,

é uma deusa,

ela é mulher de verdade
Ela é daquelas que tu gosta na primeira
Se apaixona na segunda

e perde a linha na terceira
Ela é discreta

e cultua bons livros
E ama os animais*,

tá ligado?

eu sou o bicho...
Minha mente nem sempre tão lúcida é fértil

e me deu a voz
Minha mente nem sempre tão lúcida

fez ela se afastar
Deixa eu te levar pra ver o mundo baby
Deixa eu te mostrar o melhor que eu posso ser

Fazer da vida o que melhor possa ser

Traçar um rumo novo em direção ao sol

Me sinto muito bem

Quando vejo o pôr-do-sol

Só pra fazer nascer a lua

Sunday, April 02, 2006

Amor, Felicidade e Prosperidade



Wednesday, March 01, 2006

Contratransferência

Meus novos sentimentos em relação a ele fizeram-me lembrar de ficar envergonhada da minha resposta inicial...
Estas mudanças todas significavam que estávamos fazendo progressos...
Eu pensava em mostrar para ele que uma outra pessoa podia conhecê-lo inteiramente e ainda se importar com ele...
Aos poucos se sentia definitivamente engajado, pensava sobre nossas conversas...
No período entre nossos encontros eu tinha longas conversas imaginárias como ele e o esperava ansiosamente, ficava zangada e desapontada quanto mais o tempo passava...
Mas, ao mesmo tempo, ele ficou incalculavelmente mais perturbado e relatava mais tristeza e mais ansiedade...
Eu lancei-me a compreender esse desenvolvimento. Quando estes sintomas com respeito ao relacionamento começam a aparecer talvez tivesse sido quando o envolvimento realmente começou...
Sua ansiedade tinha a ver com seu medo de ficar dependente demais. Nossos encontros não poderiam se tornar a coisa mais importante em sua vida. Ele não sabia o que poderia acontecer se não tivesse esse seu “compromisso”...
Pareceu-me que ele estava resistindo à proximidade ao referir-se a um “compromisso” e não a mim, e gradualmente confrontei-me com esse ponto...
Qual é o perigo de deixar que eu seja importante para ele?
Não há certezas e parece apavorante pensar que ele pode precisar demais de mim e não saber se eu estarei lá por ele.
Diz que vai deixar a cidade... Então me evita porque acha que não me terá para sempre?
Sei que não faz sentido, repete este comportamento em outras coisas, ele gosta e não quer gostar. Tem medo de que se gostar, talvez não queira partir...
A outra coisa que eu começo a sentir é que ele não quer se preocupar, pretende ficar aqui por pouco tempo, não imagina ter valor um relacionamento temporário...
O problema com esta atitude é que ele acaba com uma vida despovoada,
talvez isso seja parte da razão pela qual ele se sente vazio por dentro...
De uma maneira ou de outra, todos os relacionamentos terminarão.
Não existe isso de garantia vitalícia. “É como se recusar a ver o nascer do sol porque odeia vê-lo se por”. E, “Recusar o empréstimo da vida de modo a evitar o débito da morte.”


Adaptação do Livro: O Executor do Amor – Irvin D. Yalom por Tinne Fonseca - A Imperatriz

Tuesday, February 28, 2006

Coração Vazio

PAGU

(Rita Lee)

Mexo, remexo na inquisição
Só quem já morreu na fogueira
Sabe o que é ser carvão
Eu sou pau pra toda obra
Deus dá asas à minha cobra
Minha força não é bruta
Não sou freira nem seu puta

Porque nem toda a feiticeira é corcunda
Nem toda a brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho que muito homem

Sou rainha do meu tanque
Sou Pagu indignada no palanque
Fama de porra-louca, tudo bem
Minha mãe é Maria-Ninguém
Não sou actriz-modelo-dançarina
Meu buraco é mais em cima

Lib

Pescador de Ilusões


(O Rappa)

Se meus joelhos não doessem mais
Diante de um bom motivo
Que me traga fé, que me traga fé
Se por alguns segundos eu observar
E só observar
A isca e o anzol, a isca e o anzol
A isca e o anzol, a isca e o anzol
Ainda assim estarei pronto pra comemorar
Se eu me tornar menos faminto
Que curioso, que curioso
O mar escuro trará o medo lado a lado
Com os corais mais coloridos
Valeu a pena, eh eh
Valeu a pena, eh eh
Sou pescador de ilusões
Sou pescador de ilusões
Se eu ousar catar
Na superfície de qualquer manhã
As palavras de um livro sem final
Sem final, sem final, sem final, final
Se eu ousar catar
Na superfície de qualquer manhãA
s palavras de um livro
Sem final, sem final

Alma da Imperatriz Captada pelo Leitor

(Carlinhos)

Impressõesvc tem medo de alguma coisasó não sei ainda o que é, vc gosta de dar nexo as coisas, fazer combinações, ligar uma coisa com a outra, não sei se é decepção o sentimento mais forte ou receio de demonstrar fraqueza para a pessoa errada.Mas acho que é ingênua às vezes, ou boa demais ou inocente mesmo, quando alguém magoa vc, realmente fere o seu coração, mas vc aguenta muito e Guarda.É para sentir-se inocente de certa forma e indignada com alguma coisaposso estar errado no que vou dizer agora, mas acho que vc tenta sempre manter o controle, mas vc precisa muuuito de alguém que de certa forma seja superior a vc, ouse não for esse o termo, alguém que possa estar pronto para fazer vc se sentir bem, entendida, acolhida.Também mas parece q vc é uma pessoa que chora na cama e acorda com os olhos inchados e guarda muuuuuuuita coisa na sua mente, vc guarda até o choromas chora com textos e imagensVc apenas não se entrega nunca, assim é melhordifícilmente alguém vai saber se vc está bem ou magoadavc tenta conservar uma personalidade e vc separou a sua personalidade sofredora de tal forma que vc a vê como uma outra pessoa, e vc às vezes tem até dó dela, mas ela nega e então vc continua, só quando não dá mesmo que solta, ela escreve para a outra dar sua opinião, mas uma delas não se satisfaz, ela sente a necessidade de alguém mais entender, sem ao mesmo tempo se revelar,ela tenta se expor, mas a outra controla, já tem regras fortes,mas morrer sem que todos vejam o sofrimentoquem chora não é vc, mas sua essenciasuas regras pessoas e intransferíveis, aquelas que fazem vc odias certas condutas humanas, vc só mostra isso para quem vc realmente confia, alguém q vc já teve ou espera ter, somente essas pessoas terão a maioria das chaves da sua mentetalvez nenhuma nunca tenha todas, mas vc quer ser um pouco irresponsávelmesmo sendo totalmente responsável com as chaves dos outroshehe, vc sofre mais do que qualquer um talvezvc é muito sensível,mas infelizmente, talvez nunca notem isso, ou notem com dificuldadecertas coisas perfuram o seu coraçãoe vc guarda para sempre, seus segredos são só seus, vc os guarda muito bemmas quero dizer uma coisa... mesmo não querendo, vc os passa, alguém sente, alguém vê, seja nas suas imagens, seja nos seus textosvc se passa de durona, mas suas dores são de mata, aí vc aguenta tudoaguenta mesmo, segura o choro, nem piscae vai viver a sua vidamas na verdade vc queria muito deitar no peito de alguém e se sentir segura, segura para contar ou compartilhar certas coisas


De: Carlinhos
Para: Tinne Fonseca - A Imperatriz
(Marcos)

eu vejo em vc q em vc existe uma decpeção muito grande tambementão ,a experiencia que aprendemos ela foram adquiridas na praticidadee se vc não vivenciar um fato, e se depois vierem contar vc faica apenas no acreditar do q aquela pessoa lhe contamas vc tem seus pensamentos formadose ficaria uma difícil concordância por vc não ter vividoacho vc uma mulher que tem algo muito mistico sofrido inusitado em seu interiore que teriamos dias e dias de diálogo e sempre teriamos algo novo para conversar-mosseus pensamentos são interessante pois eles alcança os meus e idealisa minhas fantasiasvc demora perceber que as pessoas q se aproximaram de vc apenas, se aproveitarammas veja uma coisa ainda arde em vc a dor de uma coisae te balançaexe contigoe me imprecionei com o que lili da se para t conhecere eu pensava que eu era o unico que vivia desta maneiraainda mais sendo eu homenpor que sabe que homen tem um problemamaxismomas acho isto coisa de pessoa para no tempoeu sou uma pessoa assim que me considero solitáriotenho alguns pensamentos que vc temmas é assim vc declarar os seus pensamentos a alguemvc não sabe da reação daquela pessoa vc acaba ficando constrangidoprincipalmente eu homemcontando para alguem independente do sexovi algo que eu tambem vivo dentro do meu interiorentão compreendo de como vc se senteeu tambem pela profisão que tenho, eu vivo muito isoladametee sei o que vc sentevc diz estar bem hoje sómas eu acredito que não tão beme ali no que vc escreveusabe tenha uma coisa em teu coraçãoo tempo e a disância servem para nos mostraremo quanto é verdadeiro o que sentimose duradouropois eu vivo no meio de milhoões mas, sinto falta somente de uma . . .Se cuida!

De: Marcos
Para: Tinne Fonseca – A Imperatriz

ADIPOSA

Monday, January 30, 2006

Pensar, Dizer... Fazer

Friday, January 06, 2006

Só Shakespeare!


"Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes, não são promessas. E comeca a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança..."

William Shakespeare

Sozinha

Solidão é um bicho esquisito
Tão esquisito quanto amar alguém
Será que alguém vive realmente sozinho?
Será que se ama de verdade?
Nos condicionamos a estarmos juntos...



Quem me faz companhia nesta noite é Piagentini,
Seco, tinto de mesa _ 1930
E meu fiel personal e quase perfeito amigo
aquele que computa tudo o que se passa,
Câmera, tela, teclado, fone de ouvido, microfone
São estes meus parceiros para mas esta noite sozinha
e Eu trancada em mim mesma



Conheço muita gente neste mundo, não nego
Ouço atenciosamente e sou ouvida por muitas pessoas,
Guardo segredos invioláveis, vontades secretas incontroláveis
Sinto-me responsável por aquilo que cativo, cuido
Sou querida e assediada, queria ser ainda mais
Porém sempre me encontro com longos momentos de solidão



Sinto a imensa falta de uma paixão, um Paixão
Alguém para me surpreende e aquecer o corpo e a alma
Para ser minha fonte de inspiração e desejo
Triste é saber que não haverá um encontro
Ainda pior quando for apenas de carne
Sem sentimento e sem sentido,
Opressor e oprimido



Nestas horas eu queria ser homem, não mulher
Poder sair na noite e sentar num bar mesmo só
Entrar num lugar para dançar até o dia clarear
E investir em alguém para se deitar sem parecer vulgar
Mulheres precisam estar sempre em pares
Sozinhas nós não vamos nem ao banheiro



Falsa e estúpida liberdade de uma mulher solteira
É isso que me faz estar aqui hoje, sem eira nem beira
Alimentando sonhos e pensando bobeira
E quando eu acordar, sem ninguém ao meu lado
Vou me lembrar de cuidar da minha beleza, externa é claro
Por ninguém tem se importado comigo além do meu belo par de seios.



A Imperatriz - Tinne Fonseca

Dry your Tears





Good friends We've Lost
along the way...
Dry your tears.
No, woman no cry!



A Sacerdotisa

Este arcano desenvolve muitos pontos positivos, tanto do ponto de vista material como em relação ao crescimento interior e às questões do espírito. A sacerdotisa enseja uma gama de qualidades arquetipicamente femininas, como a paciência e a constância, ao mesmo tempo que recorda a cautela e a reflexão. Anuncia também a concretização de um objetivo, porém apenas através da maturação dos eventos. A sacerdotisa simboliza o florescer de um processo depois de um período de silenciosa transformação e consolidação. Este arcano também convida à cautela, ao silêncio, de modo que o indivíduo se preserve de influências negativas como o ciúme e a raiva. Marca a necessidade de perseverança para alcançar um objetivo.

De alguém que precisa de uma musa inspiradora...


(...) Linda, Inligente, muito interessante, um pouco estranha, italiana, mística, rica, tinha cabelos castanhos escuros longos e lisos, olhos castanhos e uma pele maravilhosa (...) Mas o nosso destino era nos conhecermos um dia de passagem para vermos o céu de Brasília rodar e voar cada um pro seu ninho esperando que um dia nossas vidas se encontrem novamnte...
Trecho adaptado para A Imperatriz

Identidade Secreta


Eu e Meu Amor..."O Cabeça de Bacalhau"_ Aquele que nunca ninguém viu!!!


Raul...

Composição: Raul Seixas e Claudio Roberto

Enquanto você se esforça pra serum sujeito normale fazer tudo igual
Eu do meu lado, aprendendo a ser louco
Maluco totalna loucura real
Vão falando a minha maluquez misturada com minha lucidez
Vou ficarficar com certeza maluco beleza
Este caminho que eu mesma escolhi
É tão fácil seguirpor não tem onde ir
Vão falando minha maluquez misturada com minha lucidez
Vou ficarficar com certeza maluco beleza
Eu vou ficar...




Composição: Raul Seixas e Paulo Coelho
É pena
Que você pense que eu souseu escravo
Dizendo que eu sou seu marido
E não posso partir
Como as pedras imóveis na praia
Eu fico ao teu lado sem saber
Dos amores que a vida me trouxe
E não pude viver
Eu perdi o meu medo
Meu medo, meu medo da chuva
Pois a chuva voltando pra terra
Traz coisas do ar
Aprendi o segredo
O segredo, o segredo da vida
Vendo as pedras que choram sozinhas no mesmo lugar
E não posso entender
Tanta gente aceitando a mentira
De que os sonhos desfazem
Aquilo que o padre falou
Porque quando eu jurei
Meu amor eu traí a mim mesmo
Hoje eu sei que ninguém nesse mundo
É feliz tendo amado uma vez