Wednesday, February 27, 2008



Veio novamente e se foi, para não voltar mais

(Sonhado em 27 de fevereiro de 2008)
Estava saindo de casa no meu carro com meu irmão mais velho, subimos a rua de casas e nos deparamos com uma praça onde havia uma grande área verde. Do outro lado havia um posto de gasolina. Fomos até lá e meu irmão desceu do carro para ir ao comércio alí por perto. De repente vejo uma moto conhecida, ela passou bem devagar do meu lado, reconheci o motorista pelo colete do moto clube. A moto estava toda equipada para viagem, uma longa viagem. Ele passava e eu pensava: “_ Ele vai embora... Vai pegar a estrada e viajar por muito tempo como sempre quis. Ficará longe de mim e desta vez não tem mais volta!”. Olhei para trás do meu carro e lá estava uma moto que supostamente seria minha. Uma Suzuki Intruder 125 preta. Peguei a moto e resolvi colocar combustível enquanto meu irmão não chegava. Quando entrei no posto vi uma mulher loira com uma moto grande muito bonita e pensei: “_ Não gosto muito das motos 125, são pequenas demais e feias. Gosto de motos grandes, mas não tenho tamanho para dirigir uma dessas. Pelo menos esta aqui eu consigo pilotar, é do meu tamanho!”. Desci da moto e empurrei-a até a próxima bomba. O guidon estava meio frouxo, fui empurrando e olhando a quantidade de homens que estava no posto. Quando parei para ser atendida pedi ao frentista que colocasse R$ 20,00 (Vinte Reais) de gasolina na moto. O posto estava muito cheio. Olhando para frente vi que havia um estúdio de tattoo na loja de conveniência do posto. Reconheci o tatuador e fui falar com ele. O frentista veio me cobrar a conta que tinha dado R$ 120,00 (Cento e Vinte Reais). Me assustei e reclamei, começou o reboliço. Lembro-me de ter dito: “_ Pra que eu iria colocar tanta gasolina nesta porcaria de moto? E ela só fica parada na garagem!”. O pessoal do estúdio se meteu no meio e logo o dono do posto pediu para que tirassem o combustível da moto. Acordei com a lembrança da cara de bravo do frentista tirando o combustível com uma mangueirinha de borracha...

Nem vou comentar este sonho...
Está tudo muito claro, não é mesmo?
E depois, eu já me despedi dele!
Tinne Fonseca _ A Imperatriz

Tuesday, February 26, 2008

"... Que Deus me ajude a lidar com a Minha Liberdade! ..."

Foram mais ou menos estas palavras que me marcaram no filme Elizabth: A Era de Ouro (foto). A vida sobre a Rainha Elizabeth que conta a história da Rainha Virgem, mulher poderosa que acabou morrendo solteira e sem filhos. Em seu reinado foi invadida pelos Espanhóis Católicos e após vencer a batalha deu a Inglaterra um longo período de prosperidade. O roteiro é muito bom e a fotografia é ótima! Como disse José Wilker na entrega do Oscar 2008; “_A própria Cate Blanchet, atriz principal, já é uma caricatura”.

Durante o filme comecei a pensar sobre minha jornada de mulher, sobre eu estar solteira e cercada de homens, sobre ser inteligente e emotiva, sobre a inconstância do amar e ser amando. Por coincidência eu havia ido sozinha ao cinema depois de anos. Eu não quis voltar para casa porque chovia muito, o trânsito estava intenso e as luzes do outro lado do lago estavam apagadas. O que eu iria fazer em casa no escuro? Peguei um atalho direto para o Cinema da Academia de Tênis.

Não quero contar o filme _apesar de ser uma ótima indicação, quero falar de mim. Quando vi aquela mulher sendo pressionada pela corte para se casar e ter filhos me transportei para tela. Ela também não encontrava bons pretendentes, apareceram alguns bajuladores abobados e interesseiros. Eles não estavam de fato preocupados com ela, mas sim com aquilo que ela representava. Um outro clandestino ousado invadiu a segurança e contou a rainha suas estórias de pirata _ estes “meio maluquinhos que nos decifram a alma”, que não podem pertencer a nossa realidade e cheios de aventuras vividas sempre chamaram a minha atenção. Ele também chamou a atenção dela e ela permitiu que ele se aproximasse. Com a possibilidade eminente de descobrir novos mundos e se entregar a um mar de emoções inesperadas ele nos encantou a mim e a Elizabeth. Para ser mais parecido com um damalhão já vivido em meu passado, ele deitou-se com a melhor amiga dela e juntos tiveram um filho...

Em uma cena lá estava ela no espelho percebendo suas rugas que começavam a aparecer _as minhas estão a caminho. Nesta hora sentimos o peso do tempo e precisamos contextualizar novamente a beleza feminina. Via-me refletida em vários outros pontos, como luta pela liberdade de crença e justiça, mas foi vontade de fazer um povo melhor em detrimento de sua vida pessoal e a capacidade de perdoar o que fez com que eu a admirasse. E ao final do filme ela falou através de um monólogo sobre nós duas, falava da solitária e difícil cruzada para vencer a tudo e a todos.


Tinne Fonseca _ A Imperatriz

Monday, February 25, 2008

Ciclos, ciclones e espirais.

Perde o sentido
Encontra um sentido
Descobre o sentido
Percorre o sentido
Sente.

Encontra-se um sentido
Os lugares, as pessoas.
Os livros, os filmes, os dias.
As músicas, os sonhos, os planos.
Cuidado com a realidade.

Descobre-se (?) o sentido
Passo a passo crendo entender
Os animais, a natureza, a humanidade,
As idéias, ideais, caráter, personalidade.
Amigos, falsos e verdadeiros, as mãos as costas.

Percorre-se o sentido
O amor, o ódio, a desilusão.
O sofrimento, a dor, o prazer.
A paixão, a loucura, a razão, o roxo
O vermelho, o preto e branco, o amarelo.

Te sentes então...

E perde o sentido
Encontra um sentido
Descobre o sentido
Percorre o sentido
Até que um dia conclui que não sabes de nada.

E tudo volta para o primeiro verso.

autor: Tico Sta Cruz
Eu RECOMENDO este BLOG!
http://clubedainsonia.blogspot.com/2008/02/ciclos-ciclones-e-espirais.html#comments

Adorei,
descreve perfeitamente meu momento!!!
Quando li este teu texto me senti "perdida" e "encontrada". E, perdida novamente tentando encontrar outro sentido para vida.
Parece meu caminhar buscando uma causa para lutar até que isso se torne parte de mim e se acalme. Mas com minha alma inquieta logo estarei atrás de novos caminhos...
Tinne Fonseca _ A Imperatriz

Concurso internacional de curtas no youtube



Aluna de cinema da PUC, chamada Clarice, ganhou um concurso.

Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes, não são promessas.
(William Shakespeare)

Friday, February 22, 2008

Um Anjo Amigo no Céu

"Saudades de minha amiga"

Semana passada completou o sengundo mês que seu sorriso virou uma lembrança. Parece que ainda escuto sua voz me dando conselhos.

Obrigada por ter feito parte da minha vida.

Descanse em paz!

Para Tatinha, Uma amiga para Sempre

_Mais uma vítima de acidentes fatais nas estradas Brasileiras

Tinne Fonseca _ A Imperatriz

Perdida em Sampa

(Sonhado em Fevereiro de 2008)

Eu estava passando férias em um hotel na Avenida Paulista com meus pais e queria sair para passear. Meu pai me mostrou um telefone branco que ficava atrás de uma parada de ônibus e próximo ao metrô, caso eu me perdesse poderíamos nos comunicar através dele. Fiquei sozinha e com medo de perder este ponto de referência. As pessoas começaram a circular pelo local. Lembro-me de ter conversado com dois jornalistas que sentaram junto ao telefone, falávamos sobre o avanço da tecnologia que me permitiria entrar em contato com meu pai onde quer que ele estivesse. Conheci um cara no início da noite, achei que seria uma ótima oportunidade para eu me divertir na cidade e ficamos juntos. Ele era divertido e envolvente. Meio maluco, mas me fazia rir. Ele propôs que andássemos a pé pelas ruas. Fiquei com medo de não conseguir voltar para o hotel, ele logo me garantiu que me traria de volta e que eu não precisava me preocupar. No decorrer da noite o sujeito começou a beber, aos poucos estava ficando inconveniente. Bebeu tanto até que eu comecei a pedir para ir para o hotel. Diz ele que não estava perdido, me apontou um supermercado e afirmava depois de cruzar a rua e o supermercado Pão de Açúcar estaria no hotel. Atravessei a rua sozinha e ele desapareceu. Passando pelo mercado começou meu desespero porque meu hotel não era ali e eu não fazia a menor idéia de onde eu estava. Senti medo, angústia, solidão, desamparo e desespero. Chorei sentada no meio fio. Levantei-me e me dirigir aos bares mais próximos para encontrar alguém que pudesse me ajudar a me localizar. Conheci outro cara muito atencioso, ele disse que não sabia onde ficava o hotel, mas disse que estava de carro e poderia me deixar lá porque tinha um mapa guardado. Fiquei mais tranqüila e acabamos saindo para passear mais um pouco. Fomos a um parque de diversões. Acabamos nos beijando. Quando o dia começou a clarear lembrei que eu não havia falado com meu pai, minha família deveria estar preocupada comigo. Resolvi voltar para casa. Dentro do carro dele rodamos muito, as indicações do mapa estavam confusas e o rapaz também. Sempre me dizendo que não iria me abandonar no meio da rua e que não queria me tirar assim dos meus pais. Chegamos novamente ao mercado Pão de Açúcar, para o meu desespero foi exatamente aonde o outro havia me deixado. Logo veio o medo e todos aqueles sentimentos desagradáveis do meio da noite. Quase chorei quando ele interrompeu meu devaneio dizendo: “_ Estamos no lugar errado, ainda não é aqui. Fique tranqüila porque vou ficar com você e te ajudar. Estamos perto, deve ser logo nos próximos quarteirões. As ruas são parecidas e tem mais um lugar que eu conheço que tem as mesmas referências que você me passou. Chegaremos lá!”.


Acordei como se eu estivesse segurando firme o mapa de papel. Fiquei pensando sobre este sonho. Percebi que eu talvez estivesse querendo ficar com a pessoa errada.
Não é bom eu namorar um cara que me afasta da minha família,
me faz sentir insegura e parece pensar apenas em sua própria satisfação.
Definitivamente quero ser confortada e cuidada...
Tinne Fonseca _ A Imperatriz

Thursday, February 21, 2008

A Queda da Ponte

(Sonhado por mim em Janeiro/2008)

Eu estava dentro do carro voltando do trabalho, quando percebi um tumulto enorme na entrada da ponte que preciso cruzar todos os dias pra chegar em casa. Ao me aproximar soube que a ponte havia caído. Logo fiquei preocupada com meus familiares_ Sempre fico preocupada com eles quando alguma coisa acontece no trajeto da rotina diária."_ Será que meus irmãos e meus pais se machucaram?". Desci do carro porque eu teria que passar a pé por uma pequena ponte improvisada pelos bombeiros para que as pessoas pudessem atravessar o lago. Ainda agoniada a possibilidade dos meus parentes terem se machucado, entrei na fila e senti alguém segurando a minha mão. Olhei pra frente e vi um rapaz muito bonito vestido com uma camiseta vermelha, pensei: “_ Que cara lindo!” Comecei a pisar no estreito pedaço de madeira. Olhei novamente para ele, estava ajudando uma outra moça atrás de mim, ela parecia ter se encantado com ele. Me concentrei para não cair e prossegui pensando: “Ela vai dar em cima dele, os dois são bonitos, foram um belo casal.” Poucos passos depois ele segurou a minha mão novamente, assustei. A moça seguia com outro amigo dele e ele veio até mim. A passagem demorou muito, ele me fez companhia e me olhava de um jeito diferente. Chegamos a um morro cheio de lama, ainda faltava subir uma ribanceira até chegar a pista de asfalto. Sentei-me. O lindo moço de camiseta vermelha encontrou um amigo e conversando com este amigo não parava de olhar pra mim. A moça, aquela que eu julgava fazer um belo par com ele, sentou-se ao meu lado e disse: “_Você não está percebendo? Ele gostou de você! Não pode perder esta oportunidade!” Eu surpresa respondi: “_Pensei que você fosse ficar com ele...” Ela disse pra mim: “_ O negócio dele é com você! Não deixe passar uma oportunidade como essa na sua vida.” Chegou a hora da subida. Levantei-me. Olhei para ele, bem no fundo dos olhos dele. Pensei que talvez ele não fosse pra mim e, principalmente, que um homem como ele jamais seria meu. Virei as costas e fui embora.

Acordei com certa angústia e entendi que talvez eu esteja
deixando passar boas oportunidades em minha vida por estar
preocupada com outras coisas e não acreditar em meu potencial...
Tinne Fonseca _ A Imperatriz

Monday, February 18, 2008

Na sua estante

Thursday, February 14, 2008

Uma semana de vida normal

A vida volta à normalidade. Eu já não agüentava mais este marasmo de tirar férias e ficar em casa. Estava com saudade dos meus colegas de trabalho. Revi meus pacientes, uns melhores e uma minoria não tão bem assim. Encontrei uma das minhas melhores amigas que não via há algum tempo. Fizemos farra em um rodízio de massas. Além das novidades de verão experimentei a pizza de sorvete, como nossa conversa, ao mesmo tempo cheia de delícias e armadilhas que podem trazer a nós alguma preocupação futura. Resolvi algumas pendências para um material de divulgação, consegui até uma correção gráfica gratuita_ Nada que um rostinho de mulher não consiga. E reencontrei um "ex-qualquer coisa", não sei definir o que ele foi pra mim e eu pra ele. Só sei que desta vez ele foi inteiro e todo presente pra mim, apesar das minhas ressalvas. Andei de moto, eu tava sentindo falta da sensação de liberdade e do friozinho na barriga. Conseguimos colocar a 750 daqui de casa pra rodar depois de muitos meses parada, foi uma aventura! Com direito a uma linda vista durante o por do sol e ficar deitada ao lado da moto olhando as estrelas... A chuva deu uma trégua, os dias ensolarados deixam a cidade mais bonita e agradável. Ah! Só falta mesmo eu voltar pra academia. Por que é tão difícil ter que malhar? Definitivamente prefiro meus livros! Hum... Acho que este ano vai ser bom, tem tudo pra ser e eu mereço.



Tinne Fonseca _ A Imperatriz

Saturday, February 09, 2008

Thursday, February 07, 2008

Quarta-Feira de Cinzas

Está frio aqui, frio por fora e quente por dentro. Fervilham pensamentos e emoções contraditórias. Meu sangue parece ralo, aguado e fraco. Não quero ter que cozinhar só pra mim hoje.
Os dias parecem noites sombrias, não vejo o Sol. Ele talvez esteja aparecendo quando eu estou dormindo, só para acordar os bichos e depois vai embora.
O galo avisa o final da madrugada, os passarinhos sinalizam os primeiros raios de luz e o cachorro denuncia que as pessoas estão de pé. E eu, por vezes, ainda acordada e tentando não emitir barulho algum.
A noite permanece o tempo da duração de um dia, assim seguem noites vividas como se fossem dias. Elas são claras e iluminadas artificialmente ou pelo clarão das nuvens carregadas.
Ontem senti a tempestade chegando, chegou tão forte que o início da tarde ascendeu os postes da rua. Nem os meus olhos reconheceram as horas, nem o sensor automático conseguiu distinguir seu comando para funcionar. E ligadas ficaram as lâmpadas alaranjadas entre as águas.
Funcionar? Pouca coisa aqui consegue fazer isto. O telefone e a Internet não funcionam, foi um raio. A máquina de lavar e seus botões de quente e frio... Como isso funciona? Meu celular funciona sim, apenas descarregou e esqueci onde coloquei o carregador. Devo ter deixado na minha sala, passei lá estes dias para matar a saudade. Minha cabeça, acho que ainda funciona, não tenho certeza.
Pelo menos meu carro está arrumando e funcionado, passei quatorze dias sem carro. Um imbecil conseguiu bater na porta do meu carro quando ele estava parado. Sobre isso eu nem quero falar, basta dizer que meu querido carro zero tem apenas seis meses de uso.
Eu não precisei ir trabalhar depois do meio dia, volto apenas na próxima Segunda-Feira. Tenho que resolver meu sério problema de encontrar de fato o meio do dia, o início da noite e aceitar levantar-me com o despertador nos próximos meses. Essa é uma tarefa difícil, principalmente depois de um mês de férias.
Ficar em casa me deixa preguiçosa, como um urso polar ibernado. Eu literalmente escondida na caverna, no que eu chamo de "minha roça". Uma casa num bairro nobre aonde o vento faz a curva e as pessoas não andam na rua. As casas parecem de novela, gente e vida só aparecem pra mim na TV... E a propósito, não consigo passar muito tempo assistindo televisão!
Trinta dias atoa, alguns quilômetros rodados, algumas fotos, alguns gastos, novas receitas e uns quilos a mais. Não posso tirar férias deste jeito, isso não me faz bem Preciso mesmo de produção em ritmo acelerado, sou fleumática.
Hoje é Quarta-Feira de Cinzas, início da Quaresma. Estou precisando mesmo iniciar qualquer coisa. E freqüentar novamente a academia, claro! Faltam só quatro dias de chuva para eu voltar à minha rotina, talvez seja melhor aproveita-los do jeito que Deus quiser!


Tinne Fonseca _ A Imperatriz

Sunday, February 03, 2008