Monday, July 21, 2008

As Mulheres e Suas Tragédias

(Tinne Fonseca)

Acordei hoje pensando nas mulheres e suas estórias de vida, seus objetivos, suas regras e conflitos, seus amores e desamores, suas escolhas e imposições, a fragilidade e a força feminina. Estive de férias e sem a obrigação de escrever uma só linha por mais de três semanas_ nem relatórios, nem laudos e pareceres, nem dissertações e nem coisas atoa que costumo publicar no blog. E parece que isso me deu mais força para querer retornar às palavras. Eu definitivamente admiro as mulheres, elas transformam a dor em ação e enfrentamento. Por vezes, infelizmente, são capazes de uma devastadora autodestruição. A energia gerada durante o sofrimento feminino é tão grande e ainda maior que a simples a capacidade física de um homem para carregar peso ou a habilidade objetiva para estratégias e negócios. Não é fácil sermos “super-poderosas”, e nós somos. Pena que muitas não se dão conta disso!

Lembrei-me da moça jovem que se casou para sair de casa e foi morar na casa da sogra. Depois de alguns meses de humilhação e durante a primeira gravidez, o marido resolveu começar a construir uma casa simples para os dois. Lá estava ela de barrigão numa casa sem telhado e nem se quer laje. Passando frio para não ter que ser mal tratada pela sogra e nem voltar para casa dos pais. O marido, usuário de drogas, finalizou a obra como e quando pôde. Como um rato entre labirintos ela enfrentou seus medos enquanto ele estava em qualquer outro lugar fora ou dentro de si menos ali ao lado dela.

A violência familiar arrasa as expectativas de sucesso nas relações de interpessoais. Me entristeci com a realidade das crianças em lares desequilibrados onde o agressor mora no quarto ao lado. O medo se torna tão íntimo quanto o pai que abusou sexualmente da filha aos doze anos de idade. Foi difícil ouvir as barbaridades de um mostro que pediu perdão e foi perdoado pela filha. A mãe, que nada fez, hoje sofre de psicopatia grave. As feridas da mãe não deram conta de perdoar este homem com quem ela dorme todas as noites até os dias de hoje. A menina aos dezoito anos saiu de casa e a mãe está em vias de uma internação psiquiátrica.

Pensei na meiga jovem do interior que foi para cidade grande enfrentar o mercado de trabalho. Ela é dona de notável inteligência e uma beleza exuberante com seus cabelos loiros, olhos azuis e altura de miss. Aquela que todos gostam e confiam escondia a decepção de um amor não atendo. Inevitável não perceber o olhar dos homens para ela. Sozinha vai vencendo sua própria amargura de se sentir rejeitada por um relacionamento a caminho do fim. Ele, prostrado em frente ao computador dia e noite. Ela, se conformando com a migalha de vê-lo às vezes e sempre com a internet como centro e meio para o diálogo.

Vi o ataque epilético da menina de dezenove anos que trabalha como empregada doméstica para sustentar a casa. Pobre garota pobre, com dois filhos para criar e uma mãe com Auzimer. Teve seu primeiro filho aos treze anos de idade. Com a gravidez de risco acabou adquirindo epilepsia para o resto dos seus dias. Quando ela voltou à consciência perguntava se iria ser demitida depois do episódio de crise. As pessoas costumam demiti-la quando percebem a doença. Para os menos informados e preconceituosos é como se o doente estivesse “endemoniado” É assustador o seu estado durante o inevitável ataque que lhe acomete a cada dois meses mais ou menos. É assustador ser provedora, mãe, filha, doente e sozinha ainda tão nova. Pobre garota pobre...

O sofrimento não é um benefício apenas para as mulheres jovens, também houve uma senhorinha que dizia que o marido era um homem muito bom para ela. Várias vezes ela repetia as qualidades do homem com quem nunca se casou. Moravam juntos há mais de vinte anos. Ela dizia que ele só não era uma pessoa maravilhosa quando bebia. Sob o efeito do álcool ele se tornava frio, grosseiro, quebrava coisas dentro de casa e ameaçava agredi-la fisicamente. Já não dividiam o mesmo quarto há anos. Perguntei a ela com que freqüência ele estava embriagado e se tornava um homem ruim e ela me respondeu com olhos emocionados que ele bebia todos os dias a noite... Pouco tempo depois ela, quase aos setenta anos, veio me contar que havia se separado. Ele, além de retirar-lhe a segurança de uma companhia durante a velhice, pediu metade de tudo o que era dela como forma de negociação para sair de casa.

A senhora moça que passou a vida como dona de casa dedicada ao marido, aos filhos e netos. Foi uma das mais nobres pessoas que conheci e vangloriáva-se pelo prazer de sentir-se mais linda a cada dia a espera de seu amado. Ninguém reconhecia sua idade e muito menos o motivo que levou o marido a traição. No dia que ela descobriu através da própria amante dele seu mundo ruiu. A depressão foi inevitável e ela acabou com um quadro de anorexia na UTI de um hospital. Não conseguia suportar a dor da humilhação social e a vergonha do erro das próprias escolhas. Embora nenhum homem peça permissão para trair, por que jurar e exigir um amor exclusivo para vida toda?

Talvez relacionamentos abertos onde não haja cobranças em relação à fidelidade e não se divide as contas seja uma saída. Não sei se acredito que alguém consegue ser feliz sem dividir a vida além da cama. Quando se chega em casa cansada, sem ninguém para conversar, sem um peito para recostar-se, sem alguém para fazer nossas vontades... E sem vontade de nada. A quem recorrer nestas horas? É mais deprimente ainda ver mulheres solitárias escondidas atrás de um rótulo de relacionamento seja ele qual for _como amantes, namorados, namoros à distância ou casamentos que não satisfazem a real necessidade de contato e atenção que nós mulheres precisamos e merecemos.

E Jéssica Parker, protagonista do filme Sex in the City que leva o mesmo nome do seriado sobre mulheres de vanguarda em New York City. Abandonada na porta da igreja pelo noivo. Um caso, um “rolo”, que durou dez anos e ousou tornar-se seu legítimo marido ficou com medo de encarar o altar depois de duas experiências fracassadas de casamentos mal sucedidos. Durante o enredo a cerimônia de casamento é vista como um negócio lucrativo, menosprezando assim os sonhos e fantasias comuns as Cinderelas do século XXI que fingem não ligar para toda esta ritualística.

Não acho que a culpa esteja nos homens. Eles estão tão perdidos quanto as mulheres em suas contradições. Quem consegue entender nossas vivências? Por que suportamos tanto? Esta atitude suicida será uma prova de ousadia ou covardia? Quem consegue medir o quanto suporta o coração de uma mulher e pra quê? Haja força para ser como as mulheres! Helenas e Marias. Amélias e Luízas. As que são mães e as que nunca serão. As virgens e as vítimas de estupro. As chefes e as faxineiras. As da política e as mais belas modelos do mundo. As cientistas e as artistas. As gueixas antigas e as prostitutas modernas. As policiais e presidiárias. Bombeiros e incendiárias. As religiosas e as bruxas... As menos ou mais encantadoras criaturas que habitam neste planeta e são movidas pela necessidade de amor.

Tinne Fonseca
_ A Imperatriz



Moqueca de Soja

Receita Vegetariana Vegana

Caldeirão da Bruxa Vet
Meus Experimentos na Cozinha

(Tinne Fonseca)



Moqueca de Soja


Ingredientes:
· 1 Pimentão Vermelho
· 1 Pimentão Amarelo
· 1 Pimentão Verde
· 1 Cebola Grande
· 1 Tomate Grande
· 1 e ½ Copo de Leite de Côco
· ½ Copo de Extrato de Tomate
· Soja em Cubos
· 1 Limão ou 1 Laranja
· Azeite de Oliva
· Alho Socado ou Tempero de Legumes
· Cheiro Verde e/ou Cebolinha a gosto
· Pimenta do Reino a gosto
· Sal

Preparo:
Deixe os cubos de soja em água morna por 15 minutos. Retire a água, corte pedaços menores e descanse a soja no suco de limão ou de laranja até a soja ser colocada na panela. Corte os pimentões, a cebola e o tomate em rodelas grandes. Numa frigideira funda coloque o azeite, alho ou tempero de legumes e a cebola para dourar. Acrescente o tomate e deixe até desmanchar as rodelas. Acrescente o extrato de tomate. Coloque a soja sem o suco na frigideira. Acrescente o cheiro verde e/ou Cebolinha a gosto, sal e pimenta do reino. Deixe ferver por alguns minutos até a mistura parecer homogenia. Coloque os pimentões sobrepostos na seguinte ordem: vermelhos, amarelos e verdes. Tampe a panela por mais cinco minutos. Desligue o fogo e acrescente o leite de côco misturando levemente para ser servido como quiser.

Sugestão de Acompanhamento:
Arroz comum ou Arroz Integral. Suco de frutas da época ou Vinho Branco.


Por que muitas pessoas insistem em se relacionar com parceiros egoístas?

Porque eles são sexualmente mais atraentes, porque não amam de verdade e apenas se deixam amar_ e para quem tem medo do amor pleno isso é muito interessante. O generoso ama e o egoísta se deixa amar. Porque e capaz de cuidar de muito bem de si e isso desperta admiração e inveja. O generoso é pouco competente para receber qualquer tipo de atenção ou presente material, tem dificuldade até mesmo para dar de si mesmo. O generoso é vaidoso e dominador. Age com tolerância e bondade, mas sua conduta é baseada no temor de perder afetos e medo de situações agressivas. Não é bom de briga. Usa sua tolerância para se sobrepor e para ter o egoísta em suas mãos.

Entrevista de Erica Andrade com o Psicoterapeuta Flávio Gikovate _ Correio Braziliense, 20 de julho de 2008.

Farofa de Nozes

Reveita Vegetariana Vigana


Caldeirão da Bruxa Vet
Meus Experimentos na Cozinha
(Tinne Fonseca)



Farofa de Nozes

Ingredientes:

· 2 Xícaras de Nozes Picadas
· 1 Xícara de Grão de Trigo Germinado
· 1 xícara de Uva Passas
· 1 Xícara de Linhaça
· Noz Moscada a Gosto
· Sal


Preparo:
Triture as nozes. Acrescente todos os ingredientes citados: grão de trigo germinado, uva passas, linhaça, sal e noz moscada. Misture bem e sirva. Use como acompanhamento para outros pratos.

Sugestão de Acompanhamento:
Arroz comum ou Arroz Integral. Salada Verde. Legumes e Verduras. Carne de Soja preparadas de diversas formas. Suco de frutas da época.


Tuesday, July 15, 2008

Festinha na Floresta








Seria incrível se existisse uma música que quando penetrasse o corpo curasse qualquer doença
(autor desconhecido)